Parece que tudo isso foi cultivado por 15 anos, logo após aquele nosso primeiro beijo, na sala da minha casa. Eu era apaixonada por você e esperava a música lenta começar para você tirar a minha mão. Assim, como nos velhos tempos. Foi seu primeiro beijo. E agora a vida vem assim, de repente, ser curiosa, como você gosta de dizer. A vida vem trazer tudo que é pra ser vivido. E a sintonia e intensidade desse misto de sentimentos me fazem achar que é carinho demais guardado por tantos anos.
Então a gente abraça essa história, abraça esse caso de amor, a gente se abraça e se delicia um no braço do outro. A gente vive tudo que é pra ser vivido, sem pensar no depois, no amanhã. A gente transa como quem esperou 15 anos por esse momento. Eu faço minhas carinhas que tanto impressionam e você sorri para mim. Talvez ache linda tanta entrega. É aquele caso do espontâneo.
E você diz que eu sou muito legal e que é muito bom estar comigo. E eu também acho tudo isso. É tudo tão mágico. Caso de amor e todo esse carinho de amizade verdadeira. Todo esse tesão de paixão recente. É tudo muito delicioso. Diferente de tudo que já vivi. Até mesmo por saber que tudo acaba logo ali, talvez antes mesmo dos 5 minutos que minha irmã tanto falava. Mas é um caso, só um caso. Um caso que ficou pela metade há 15 anos atrás, quando eu te disse que queria ter nascido homem.
Será que fui muito homenzinho quando sai da sua casa ontem às 4 da manhã, depois de um sexo frenético? Dormir junto é coisa de mulherzinha, aquela mulherzinha que eu não sou e que, há 15 anos atrás, você queria que eu fosse.
Hoje tudo mudou. E meu jeito homenzinho te atraiu.