sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Caso de amor

Parece que tudo isso foi cultivado por 15 anos, logo após aquele nosso primeiro beijo, na sala da minha casa. Eu era apaixonada por você e esperava a música lenta começar para você tirar a minha mão. Assim, como nos velhos tempos. Foi seu primeiro beijo. E agora a vida vem assim, de repente, ser curiosa, como você gosta de dizer. A vida vem trazer tudo que é pra ser vivido. E a sintonia e intensidade desse misto de sentimentos me fazem achar que é carinho demais guardado por tantos anos.

Então a gente abraça essa história, abraça esse caso de amor, a gente se abraça e se delicia um no braço do outro. A gente vive tudo que é pra ser vivido, sem pensar no depois, no amanhã. A gente transa como quem esperou 15 anos por esse momento. Eu faço minhas carinhas que tanto impressionam e você sorri para mim. Talvez ache linda tanta entrega. É aquele caso do espontâneo.

E você diz que eu sou muito legal e que é muito bom estar comigo. E eu também acho tudo isso. É tudo tão mágico. Caso de amor e todo esse carinho de amizade verdadeira. Todo esse tesão de paixão recente. É tudo muito delicioso. Diferente de tudo que já vivi. Até mesmo por saber que tudo acaba logo ali, talvez antes mesmo dos 5 minutos que minha irmã tanto falava. Mas é um caso, só um caso. Um caso que ficou pela metade há 15 anos atrás, quando eu te disse que queria ter nascido homem.

Será que fui muito homenzinho quando sai da sua casa ontem às 4 da manhã, depois de um sexo frenético? Dormir junto é coisa de mulherzinha, aquela mulherzinha que eu não sou e que, há 15 anos atrás, você queria que eu fosse.

Hoje tudo mudou. E meu jeito homenzinho te atraiu.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Carta

Às vezes eu me lembro de você. Eu juro que é só às vezes mesmo. Eu, como sempre, com muitas pessoas para lembrar. Você me conhece e sabe do agito da minha vida. Você sabe de tudo que existe e no fundo também sabe que eu trocaria esse tudo por você. Eu achava, até muito pouco tempo atrás, que gostar de alguém significava pensar e querer apenas essa pessoa. Isso não é verdade. Sei disso porque não penso em você o tempo inteiro, mas realmente gosto de você. Dói saber que tudo acabou assim, totalmente diferente do que eu prezo para o fim das minhas relações. Gosto do carinho. E de manter, no mínimo, este carinho depois do fim. Não é da minha personalidade palavras feias, mensagens raivosas, ligações não atendidas. Queria olhar uma foto nossa e sorrir. Nossa relação foi linda. Demais. Mas não tivemos tempo de tirar uma foto. Na verdade, acho que estávamos tão alegres quando estávamos juntos, que não nos lembramos da foto. Seu aniversário vai passar assim como o meu. Distância. Dessa vez, foi de vez. Eu não quero mais essa relação, eu não quero mais frieza e indiferença.

Muitos dias só lembro de você quando entro no banho. Fico feliz. Está passando. Antes você era o meu primeiro pensamento após o despertador. Agora confesso que outros pensamentos vêm antes de você. Mas, por outro lado, você sempre vem. E eu nunca resisto. Eu te quero. Eu gosto mesmo e foi tão difícil admitir.

Agora é difícil sair. Mas eu estou forte. A gente vai aprendendo com a vida. Com as porradas da vida. Essas que você não leva porque não dá a cara a tapa. E tantas vezes você me disse que tenho atitude demais. Não tenho idéia do que você está pensando. Talvez eu seja louca, você bem que me avisou que não daria em nada. Mas você não me deixou ir, você me prendeu a você. Falar é fácil, babe. Você deve estar achando que te odeio, sem saber que não consigo odiar ninguém.

Fica o carinho. No meu enorme coração.

Um beijo (daqueles que um dia você me disse serem sensacionais).