quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Mitos
Ah, sim! Eu queria. Queria te ver e perceber que nada disso existe. Que nada disso nunca existiu. Que você é e sempre foi um mito. E mitos são coisas de criança...
Vamos brincar?
sábado, 26 de setembro de 2009
descobertas
percebi que aquele ditado, ouvido das bocas mais cliches que conheco, faz realmente sentido. não me preocupei. não fiquei chateada. apenas percebi que minha crise dos 20 e muitos com certeza eh melhor do que aquela que vira, aos quase 40. percebi que ter enteado aos 20, eh menos desistimulante do que ter filhos. Percebi que dancar ate o chao, eh sim coisa de adolescente, mas que não eh tao grave estravasar vez ou outa. tem gente de quase 40, que beija como na epoca da escola, na frente de todos.
diverti-me demais com aquilo tudo. comprovei que seres humanos realmente são despreziveis. sim, alguns tentam me convencer do contrario, mas, por favor, sejamos realistas. uma vez, disse a um namoradinho, que ele era pior, em termos de carater, do que aquele que um dia foi o homem da minha vida. ele não acredita ate hoje. mas isso foi apenas mais uma coisa que comprovei ontem.
não estou chateada. nao estou preocupada. mas o mundo da voltas.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Vida
Não há sentido, nem explicação. A vida não pára. Acontecimentos incessantes. Beijos, estórias. Sexo e mais nada. Madrugadas, copos de cerveja. Nenhuma lembrança. Nostalgias de infância. Adolescência, vida adulta. Tudo tão rápido. Muitas pessoas, muitas sensações, situações. Amores, companheiros. Tudo intenso.
Mas não tente entender. Não há explicação. É tudo junto e misturado. É tudo essa grande loucura. E esse é o grande barato da vida. Não temos certezas. Não sabemos o que virá. Os mais inteligentes apenas vivem. Sem grandes planos, sem grandes perguntas.
Beba um xote, dance um samba, dê um sorriso, procure algo que te dê prazer. A vida é essa. E é muito boa para quem sabe curtir, relaxar, dar um pouco. Um pouco de amor, um pouco de dedicação, um pouco de alegria, um pouco de lealdade, um pouco de vontade, um pouco de você.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Pravocê
Pelo menos, de tapa na cara eu gosto. E muito. Pode bater.
Vai, com força, porra!!!!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Tempo
Daqui a pouco, quase no tempo de um piscar de olhos, começa uma estória de 30 e poucos anos. Não sei bem como será. Mas imagino algo como casamentos, filhos, mais contas para pagar, menos verba para gastar, menos tempo para a cerveja, mais trabalhos domésticos, creches, deveres de casa, reuniões escolares. Aulas de inglês, ginástica olímpica, brigas entre irmãos. Zona norte, café da manhã e jantar na mesa, passeios de bicicleta, nenhum samba. Obrigações a dois, cobranças, falta da minha tão amada independência. Lembranças e nostalgias de uma época muito, mais muito bem vivida.
Nesse domingo faço 18 anos.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Bons
Eu queria ser blasé. Não pensar em porra nenhuma a não ser no tipo de escova que vou fazer para uma festa de 150 reais que vou nesse sábado. Queria esquecer o comportamento humano e deitar no meu sofá para ver sessão da tarde. Não pensar em porra nenhuma a não ser no penteado da atriz principal. Queria apenas brindar meu champanhe após o trabalho e reparar no modelito do vestido da loira ao meu lado.
Na verdade, eu queria mesmo era parar de contestar e seguir esse fluxo babaca da sociedade. Queria internalizar a babaquice, porque assim eu não perceberia o quão babaca são as pessoas. Queria achar que sou o máximo porque tenho a bolsa da Louis Vitton e os óculos da Diesel. Queria acreditar que o que sou se resume ao meu cabelo bem tratado, meu corpo esbelto e minha maquiagem da L´Oreal. Queria comprar minha felicidade nos bilhetes de festas de playboy. Queria trocar minha tranqüilidade pelo meu status social. Queria dizer por ai que a cidade em que vivo é apenas violência e andar no meu carro blindado, com um motorista negro.
Mas, o que eu queria mesmo era acreditar nessas pessoas. Acreditar, como os babacas que comem a comida da empregada, que os seres humanos são bons. Queria acreditar que ninguém faz nada por mal. Que as pessoas não percebem, fazem por descuido, distração. Queria acreditar que essa patricinha babaca milionária não paga o que consome porque não percebe que comeu, bebeu, dançou.
Ela não é estelionatária.
As pessoas são boas, né babacas?
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Por que?
Nós não lemos textos felizes, de autores bem resolvidos. Os melhores foram e são aqueles que pensam, criticam, revoltam-se, negam. Os melhores se suicidam. Os melhores se afogam no álcool, no cigarro, nas drogas. Os melhores não dormem, vagam pelas madrugadas boêmias. Os melhores lêem os melhores e copiam as suas formas de depressão.
A criatividade vem da dor. Os melhores têm dor intensa, profunda, eterna.
...
Acho que é por isso que não tenho mais conseguido escrever.