segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pra você eu guardei...

Acho que estou com TPM pela primeira vez. Sinto um desânimo quase misturado com tristeza. Tudo me irrita e não sinto vontade de fazer nada além de cama, ar condicionado e edredom. Para piorar, São Paulo não faz sol e sinto uma sensação de não pertencimento nessa cidade. Meu coração está totalmente em paz. Consegui me libertar de qualquer tipo de relação que envolve sentimento e vejo o pouco valor do ser humano. Cansei de dar a cara a tapa e pelo menos isso você me ensinou. Não me envolvo mais e consigo evitar convivências mais profundas.

Não há nada melhor do que não ter em quem pensar, não ter inseguranças e angústias para remoer. Mas hoje me lembrei de você e não me conformo porque tudo aconteceu assim. Não consigo não ter raiva e não há nada pior do que esse sentimento. Não quero te ver, não quero te perdoar. Não quero te abraçar, nem dormir juntinho. Não quero te fazer rir, muito menos brincar de pique-pega.

Eu só não queria que tudo tivesse acabado dessa forma. Por que encontros por coincidência? Por que minha cara a tapa? Por que ligações na madrugada? Por que beijei outro qualquer? Por que dormi com você depois de tudo? Por que você disse tudo aquilo? Por que terminamos assim?

Tudo devia ter acabado antes para evitar tantas mágoas. Não sei o que você pensa. Na primeira briga, te contei que escrevi aqui e você ficou todo orgulhoso de saber que, mais uma vez, eu tinha escrito para você. E me disse que não, não me achava louca, e pediu desculpas pelos seus erros. Sim, você também errou. E disse que tinha muito carinho e que eu era muito legal. Mas depois da segunda briga, acho que não é mais assim.

Nós destruímos qualquer carinho que pudesse permanecer. E eu fui tão feliz ao seu lado. E sei que você gostou tanto de mim, do seu jeito.

Isso dói. Não vejo nenhuma chance de reverter essa situação de ressentimento. E o que mais me incomoda é que não termino assim nem com os meus piores casos. E você está longe de ser um dos piores.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Caso de amor

Parece que tudo isso foi cultivado por 15 anos, logo após aquele nosso primeiro beijo, na sala da minha casa. Eu era apaixonada por você e esperava a música lenta começar para você tirar a minha mão. Assim, como nos velhos tempos. Foi seu primeiro beijo. E agora a vida vem assim, de repente, ser curiosa, como você gosta de dizer. A vida vem trazer tudo que é pra ser vivido. E a sintonia e intensidade desse misto de sentimentos me fazem achar que é carinho demais guardado por tantos anos.

Então a gente abraça essa história, abraça esse caso de amor, a gente se abraça e se delicia um no braço do outro. A gente vive tudo que é pra ser vivido, sem pensar no depois, no amanhã. A gente transa como quem esperou 15 anos por esse momento. Eu faço minhas carinhas que tanto impressionam e você sorri para mim. Talvez ache linda tanta entrega. É aquele caso do espontâneo.

E você diz que eu sou muito legal e que é muito bom estar comigo. E eu também acho tudo isso. É tudo tão mágico. Caso de amor e todo esse carinho de amizade verdadeira. Todo esse tesão de paixão recente. É tudo muito delicioso. Diferente de tudo que já vivi. Até mesmo por saber que tudo acaba logo ali, talvez antes mesmo dos 5 minutos que minha irmã tanto falava. Mas é um caso, só um caso. Um caso que ficou pela metade há 15 anos atrás, quando eu te disse que queria ter nascido homem.

Será que fui muito homenzinho quando sai da sua casa ontem às 4 da manhã, depois de um sexo frenético? Dormir junto é coisa de mulherzinha, aquela mulherzinha que eu não sou e que, há 15 anos atrás, você queria que eu fosse.

Hoje tudo mudou. E meu jeito homenzinho te atraiu.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Carta

Às vezes eu me lembro de você. Eu juro que é só às vezes mesmo. Eu, como sempre, com muitas pessoas para lembrar. Você me conhece e sabe do agito da minha vida. Você sabe de tudo que existe e no fundo também sabe que eu trocaria esse tudo por você. Eu achava, até muito pouco tempo atrás, que gostar de alguém significava pensar e querer apenas essa pessoa. Isso não é verdade. Sei disso porque não penso em você o tempo inteiro, mas realmente gosto de você. Dói saber que tudo acabou assim, totalmente diferente do que eu prezo para o fim das minhas relações. Gosto do carinho. E de manter, no mínimo, este carinho depois do fim. Não é da minha personalidade palavras feias, mensagens raivosas, ligações não atendidas. Queria olhar uma foto nossa e sorrir. Nossa relação foi linda. Demais. Mas não tivemos tempo de tirar uma foto. Na verdade, acho que estávamos tão alegres quando estávamos juntos, que não nos lembramos da foto. Seu aniversário vai passar assim como o meu. Distância. Dessa vez, foi de vez. Eu não quero mais essa relação, eu não quero mais frieza e indiferença.

Muitos dias só lembro de você quando entro no banho. Fico feliz. Está passando. Antes você era o meu primeiro pensamento após o despertador. Agora confesso que outros pensamentos vêm antes de você. Mas, por outro lado, você sempre vem. E eu nunca resisto. Eu te quero. Eu gosto mesmo e foi tão difícil admitir.

Agora é difícil sair. Mas eu estou forte. A gente vai aprendendo com a vida. Com as porradas da vida. Essas que você não leva porque não dá a cara a tapa. E tantas vezes você me disse que tenho atitude demais. Não tenho idéia do que você está pensando. Talvez eu seja louca, você bem que me avisou que não daria em nada. Mas você não me deixou ir, você me prendeu a você. Falar é fácil, babe. Você deve estar achando que te odeio, sem saber que não consigo odiar ninguém.

Fica o carinho. No meu enorme coração.

Um beijo (daqueles que um dia você me disse serem sensacionais).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Rotinazinha

Ando tão longe disso aqui. Tão longe de tudo que me faz pensar em algo mais do que projetos, prazos e solicitações de passagem. Começo a semana já pensando em sexta-feira, na maldita (ou tão querida) ponte aérea. Penso no chopinho que vou tomar no point de Congonhas e na correria que vai ser quando chegar em casa para tomar banho, jogar uma roupa e uma maquiagem que disfarce o meu look paulista. Viro um Red Bull como eu virava cachaça, aos 15 anos. E saio para aproveitar cada segundo da cidade maravilhosa.

Essa vida de aspirante a executiva não tem nada a ver comigo. Mas tudo bem que eu preciso ganhar uma grana, aprender coisas novas e ser um pouco mais simpática. Nessa neurose, passo meus dias em um hotel, impessoal como a sociedade moderna gosta de ser. Arrumo e desarrumo minhas malas todos os dias e manicure e depilação viraram programas para fim de semana. Hora do almoço já não existe mais.

E assim a vida segue. Sem meu chopinho com as amigas na quinta-feira, sem os almoços prolongados para resolver probleminhas do dia a dia. Sem um sexo casual na segunda ou quarta-feira. Tudo que me restou foi um sexo muito pouco freqüente, nada comparado com minhas ex segundas e quartas-feiras.

Até lembrei de uma amiga minha...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Correria X Férias

Tempo de correria extrema. É a roupa do aniversário, o bolo, os convidados, a reserva da mesa, o flaxflu no horário do meu chope, a semana pré férias, as atividades por terminar, o follow up que preciso fazer para quem fica, a explicação de todos os detalhes de cada tarefa, as avaliações do meu desempenho no projeto, o computador novo que preciso buscar na empresa, a futura alocação que não imagino onde será, a viagem ao exterior, a falta de dinheiro para levar, a mala que não tenho, as roupas que não separei, o passaporte que preciso buscar, o vestido do casamento. É tanta coisa que não tive tempo de pensar em você. E quando a cabeça pára de tanto cansaço, o coração acelera. E quem faz isso com ele é você. Só você. E nós botamos tudo a perder, acabamos com a relação que você insistia em dizer que não existia.

Quando saí da sua casa tive a sensação de desgaste. Pela primeira vez, me senti saturada de você. E isso ainda não passou. Mesmo depois de alguns dias, ainda não há saudade. Imagino que você deva estar sentindo o mesmo. Essas coisas são sempre recíprocas. Talvez um pouquinho de raiva misturada à sensação de que eu sou apaixonada por você. A correria me faz esquecer um pouco de tudo isso, mas quando paro é você que eu lembro. Mas não é mais você que eu quero. É tão estranho isso tudo.

Preciso de férias.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Que tal um amor?

Alegria dá criatividade. Tristeza dá intensidade à criatividade. Talvez hoje eu consiga escrever alguma coisa. Quem sabe eu consiga terminar essas linhas e publicá-las ao invés de fechar a janela e deixar as idéias perdidas. PER DI DAS.

Nada conseguiria ser mais perdida que eu. Nem mesmo as minhas próprias idéias. Estou desesperadamente precisando de algo intenso. De um abraço sincero, um carinho e, quem sabe, um amor. Que se fodam todas essas pessoas mais loucas que eu. Porra, mais loucas que eu! Como elas conseguem? Foda-se. Que se fodam todos com suas friezas e falta de capacidade de sentir.

Será que vocês não percebem que sentir é a melhor coisa do mundo????? Não, se vocês não sentem, não podem perceber absolutamente nada.

Tô indo tomar uma cerveja.

Garrafas cheias para sentimentos vazios. Vamos nessa?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Era SÓ isso

Desde pequena tive dificuldade em acreditar em papai noel e coelhinho da páscoa. Sempre fui a criança rebelde que desconfiava de tudo que me contavam. Não é agora, burra velha, nos meus vinte e muitos anos, que vou me iludir com contos de fada. Embora às vezes o meu lado mochila e celular rosa queira viver uma conto de fada, meu lado sandália rasteira e cara lavada me mostra que o máximo que posso viver é uma fantasia.

E fantasia, usamos no carnaval. Como o carnaval não acaba em fevereiro, posso fantasiar-me durante todo o ano. Desde que eu não me esqueça que a roupa de princesa é apenas uma fantasia. Não quero mais mensagens bonitas e noites estreladas à beira mar. Isso é sonho e não fantasia. E você me enganou. Eu caí no conto da princesa, que em vez do “viveram felizes para sempre” terminou com sua porra escorrendo pela minha perna.

Era só isso.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

(Pela) Metade

Não, não é a nossa apaixonada brincadeira de tirar o meu sutiã com seus pés que vai me fazer escrever novamente sobre você. A sintonia, a afinidade e a intimidade (ah, a intimidade) fazem com que aconteçam brincadeiras como essa. E aí você me descreve nas bolachas de chope vindas de Paris. Diz que eu posso ser ou uma pessoa perigosa, que vai te trazer muitas coisas ruins ou uma pessoa fofa, querida, arisca e independente. Eu escolho a segunda opção. Embora a imagem do gato preto, na bolacha do chope, tenda ao perigo.

As melhores horas da minha semana são ao seu lado. São nesses momentos que eu realizo tudo que desejei a semana inteira. Coisas pequenas como dizer que você é uma pessoa muito especial ou receber um milhão de beijinhos na bochecha.

...

Esse texto fica pela metade. Quem sabe um dia eu encontro inspiração para continuá-lo.



terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu que me foda

A minha vontade agora é apagar e só acordar daqui há um mês. Mesmo sabendo que daqui há um mês tudo estará exatamente igual. Então estou eu com um puta peso na consciência porque peguei o melhor amigo do meu melhor ex namorado. E descubro que meu melhor ex namorado CASOU. É, casou. E que os amigos dele também casaram. E a paixão da minha vida, por quem eu abri mão do meu melhor namorado, também CASOU. O mundo está acontecendo. E eu nas mesmas histórias, com um monte de casinho sem a menor importância. Com um monte de sentimentos vazios e angústias babacas. Eu não gosto de ninguém e ninguém gosta de mim. Quem tem o mínimo de interesse por mim, não me interessa. E quem me interessa o mínimo, não se interessa por mim.
E assim segue a minha vida, cheia de álcool pra anestesiar tanta solidão. Álcool pra tornar as pessoas um pouco mais interessantes. Ou para me fazer esquecer do quão sem sentido é minha vida. De que valem tantas garrafas de cerveja vazias na mesa? Por que eu não consigo me interessar por quem eu devo? Chega dessas merdas de relacionamentozinho com gente covarde e escrota. To de saco muito cheio.
O mundo inteiro andou e eu continuo no mesmo lugar. Imóvel. Intacta.
Que meu melhor ex namorado seja feliz. Merece pra caralho. Muito mais que qualquer pessoa nesse mundo. E você sabe, que sempre te falei isso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Merda

E então você vem tirar a porra do meu sono, que já quase não existe. Você vem prender a merda do meu coração que só gosta de gente como você. Tô de saco cheio de gente como você. Tô de saco cheio de gente. Saco cheio desse bando de seres do sexo masculino que lotam a caixa de entrada do meu celular. Mensagens infinitas que brotam nas minhas madrugadas. E eu quero a merda chamada VOCÊ. Você pinta no meu celular, nas minhas madrugadas e domina a porra do meu coração. E me faz ficar lendo mil vezes a merda das suas mensagens.

Sentimentos são uma merda.

Você é uma merda.

Eu devo ser merda maior ainda.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recordações

Ontem, resolvi abrir uma garrafa de vinho, depois de ir ao cinema sozinha. Enquanto bebia, abri uma caixa rosa, que fica no chão do meu quarto. Dentro dela, muitas recordações que eu nem me recordava. Bilhetes e mais bilhetes. Lindo ver como vivemos, doamos, compartilhamos, acreditamos e nos entregamos. As coisas acabam, sempre. Mas o que fica vale até mais do que a própria relação. Ficam lembranças e muito aprendizado. Ficam brigas, discussões e declarações de amor. Sim, você me amou mais do que cerveja e menos do que o vasco. Bonito isso. Sincero, né? Imagino o tamanho do seu amor pelo time de futebol do seu coração.
Eu era a Ping e confesso que disso já tinha até me esquecido. De Ping não tenho nada se comparada a você. Sou mais Zanguinha que Ping. Embora cada vez menos Zanguinha e mais Ping. Ando trocando relações vazias por copos cheios. Vale a pena, né?
E ali ficaram cinzas de cigarro, restos de cerveja e muitas e muitas manhãs inteiras de sono. E madrugadas em claro. E diferenças, quantas! Como é importante conhecermos pessoas para nos conhecermos. Tenho certeza que sou cada dia melhor, pelo menos no meu íntimo. Para mim mesma. E é isso que importa, certo?
Foi maravilhoso relembrar. Mesmo sabendo que você namorou comigo e com sua ex ao mesmo tempo. Isso pouca importa, sinceramente. Bom terminar e ainda poder sentir carinho. Melhor ainda é saber que sentimentos verdadeiros nunca acabam, apenas se transformam.

Depois de um caso traumático que tive há cerca de dois anos, ele foi o único com quem pude dividir sentimentos recíprocos e sinceros. Anda difícil gostar de quem gosta de mim. Ou vice-versa. Anda difícil. Mas nunca impossível.

Noite fria e feliz

Fui ao cinema. Sessão lotada para uma quarta-feira chuvosa. Filme bem mais ou menos. Uma mulher alta na minha frente, atrapalhando a segunda linha da legenda. Aos meus lados, dois casais. Um deles, já casado, não me chamou muita atenção. O outro me distraiu nos poucos minutos antes do filme começar. Amigos que estão prestes a iniciar um romance. Desses, bem café com leite. Sem sofrimentos, sem auges de paixão. Aquela relaçãozinha cinema – mac donalds – fantástico. Tudo que eu não quero.

A menina carregava uma pasta, com livros e anotações. Não sabia como agir, devia estar se questionando se ele daria um beijo ao se despedir. O rapaz, um típico nerd da escola. Já com seus 20 e bastante anos. Menos interessante do que a moçoila. Ele falava que teria que chegar em casa e fazer trabalho em grupo pelo msn. Ela ria, fingindo estar adorando a conversa. Ele ainda teria muito o que fazer após o filme, já anunciando que não haveria mac donals depois. Ela pouco falava.

Eu pensei no quanto não quero nada perto disso. De frio, já bastava aquele dia de inverno. No meio do filme, olhei e vi as mãos, uma sobre a outra. Até o momento em que a menina teve uma crise de tosse e o rapaz nada fez para ajudá-la. É tudo que eu não quero. Acabou a sessão. Peguei meu taxi, sozinha. Abri meu vinho, sozinha. Pão australiano com requeijão, sozinha. Deitei no frio e pensei: “Que bom poder ser sozinha. Pelo menos hoje”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Doce ilusão

Preciso voltar a correr na praia. Olhar para as pessoas que prezam pela saúde, pelo bem estar. O meu bem está quase sempre associado à cerveja. E a sexo. E a carinho. E a essa porra toda que nunca me basta. Eu quero sempre mais. E aí fico na busca incessante por paus que possam me oferecer cerveja e carinho. Sem entender que nada nunca vai me ser suficiente. Simplesmente porque eu não quero metade, eu não quero às vezes, eu não quero aos poucos. Eu quero tudo, sempre, de uma vez.

E como não tenho, busco a saciedade na cerveja. No vinho. Ou no que seja que me faça companhia nesses dias de inverno. Olho a chuva. O meu casaco. São 17 horas. Falta uma hora para a liberdade. Liberdade para quê? Procuro o que fazer. Não quero edredon sozinha. Cansei de me conhecer. Quero conhecer o outro. UM outro. E não os outros. Muitos já chega. Cansei. Mesmo.

Não sei se vou ao cinema, ou se bebo um vinho enquanto escrevo sobre a vida. Não sei se vou ao shopping e compro uns vestidos decotados. Ou se visito a minha mãe. Posso também ligar para uma amiga e sugerir uma pizza. Ou chamar minha chefe para uma peça de teatro. Posso arrumar a casa e os meus armários. Ou terminar de ler “A menina má”. Passar minhas blusas sociais e costurar minhas calças. Mandar mensagens para as minhas 457 opções de companhia masculinas.

Nada disso me interessa.

Será que um dia vou conseguir te conquistar?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sonho

A gente dá uns tragos. Aquela ondinha de preguiça me dá vontade de ficar parada, enquanto você abusa dos meus desejos. Lembro daqueles tremiliques, quase terremotos. Você corta a pizza na embalagem de papelão e divide o prato comigo. E o copo. E o corpo. Você segura a minha mão e jura que não preciso sentir ansiedade, muito menos insegurança. Você diz me amar, no meu ouvido, bem baixinho, assim como eu sempre sonhei. E seca minha testa suada. Liga o ventilador e, 5 minutos depois, me cobre com o edredon. Sabe que eu não durmo sem ele. Abraça minha cabeça, segura a minha mão e dorme. Ronca bem baixinho para não me acordar, mas me mostra que está ali. E sempre estará.

Com você posso ser eu mesma. Nada de durona. Nada de fingir frieza. Você permite que eu abra toda a gaveta que guarda meus sentimentos reprimidos. Você aceita meu jeito e sorri quando eu digo te amar. Beija meus lábios e passa a língua em meu rosto. Você que me conquista a cada dia. Entrega-se totalmente ao meu amor.

E pede mais. Sempre mais.

Amor é para ser vivido.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Babe

Hoje é segunda e já estou com sede. Sabe, deve ser saudade das suas mensagens brotando em meu celular. A falta das suas palavras, babe, perguntando se já estou com sede. Você que me traz água, sempre. E sabe que eu gosto de gelado. Ou quente, nada de morno. Intensa, né? Você que só acaba quando eu peço. Acha-me apaixonada e relaxa o corpo sobre essa certeza. Mal sabe que certezas não existem quando falamos de sentimentos. As pessoas mudam todos os dias. Mas hoje eu acordei te desejando. Acabou o fim de semana, ficaram alguns beijos no caminho. Beijos pouco molhados. Lembrei de você e isso na sua cabeça significa envolvimento. Não babe, não há envolvimento. Apenas a minha constante necessidade de conquista. Quero conquistar o mundo, assim como você quer comer o mundo. Sabe? É impossível. Um dia, você vai se apaixonar. E eu também. Enquanto isso, vamos nos curtindo. É só isso. Desculpe, tá? Mas é só isso.
Hoje eu acordei com sede.

Nao sei se é sede de cerveja. Ou sede dos seus beijos.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Menina Má

Retirado do Regurgitando, blog de uma pessoa que conhece o meu jeito menina má FIN GI DO! Na verdade, acho que nem tão fingido assim, já que no final quero mesmo é mão dada. Mas admitir é FODA. Viu, já estou admitindo?

"As meninas más conduzem selvagem ou suavemente
Suas vidas, o beijo, a relação ou nossas picas.
As meninas más esquecem teu nome, mas despretensiosamente,
Ligam pro teu número, só pra perguntar quem é .
Mentira, elas ligam pra te escrachar mesmo, pra te lembrar que…
Que você foi esquecido. Porque era merda demais para ser lembrado.
Depois desligam arrependidas, e saem com as amigas.
As meninas más voltam sozinhas pra casa
O fazem, como quem cumpre um rito intimo, como
Quem rele a própria biografia, pra lembrar quem realmente é.
As meninas más voltam sozinhas, na noite escura. E a pé.
Elas não querem tua carona. Nem tua companhia.
Elas não querem um babaca romântico interrompendo
Sua liturgia.
As meninas más… depois de um tempo contigo,
Elas não te dão perfume francês,
Só porque você tem “cheiro de machinho”
E pra elas, isso basta.
Para essas garotas, tanto faz se você faz economia na usp,
fala três idiomas, ou é semi-analfa.
Porque elas não querem um cara super refinado, com bons modos
E que tenha lido a obra completa do Machado.
Pra elas isso não significa nada.
Se você leu o texto até aqui, você não é uma menina má,
Porque uma menina má jamais perderia seu tempo
com um texto sobre “meninas más”
Elas não perdem tempo com coisas sobre si mesmas.
Na verdade as meninas más, elas temem… mas só querem
Se apaixonar. Se apaixonar perdidamente de preferência.
E dividir a conduta de suas vidas, do beijo, da relação… e voltar
Pra casa de mãos dadas.
Mas elas não falam sobre isso.
Elas jamais admitiriam isso.
Jamais."