sexta-feira, 22 de maio de 2009

Suerte

BYE BYE BARRA!!!
Pelo menos agora dormirei mais perto de casa!
E serei doutora em paciência!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Escolha

A vida insiste em me mostrar várias opções.
Eu insisto em focar na mesma escolha.
Será que devo seguir as orientações da vida?
Ou as do meu coração?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mudanças

Ser humano é um bichinho completamente adaptável. Deve ser por isso que evoluímos tanto ao longo do tempo. Os outros animais não sobrevivem tão bem quando se deparam com mudanças. Nós, não. Seres humanos corajosos adoram mudanças. Sou um deles e deve ser por isso que faço da gestão da mudança a minha profissão. Os preguiçosos ficam ali, no mesmo lugar, acomodados. Não se desenvolvem como os corajosos, mas conseguem sobreviver.
Sai do verão carioca para o inverso canadense. Sai de um quase casamento para uma casa vazia. Sai de uma rotina tediosa para mais de 14 horas diárias de trabalho. Sai de um pau que me comia o dia inteiro para um brinquedo de borracha. Sai das brigas da casa da minha mãe para uma casa solitária. Sai de uma semana de alface para uma boa feijoada. Sai da intenção de ser freira para a putaria. Sai da putaria para a intenção de ser freira. Sai de uma casa com 4 amigos para uma vazia. Sai de uma relação doentia em Vancouver para uma doentia no Brasil. Sai de uma relação ao estilo contos de fada para uma porrada de casos sem importância. Sai de uma sandália rasteira para um salto fino.
Sai de carro, voltei de ônibus. Sai para lapa, cheguei no Leblon. Sai para chegar logo, cheguei no dia seguinte. Sai para um chopp, acabei num quarto. Sai para ser santa, voltei puta. Sai de tudo isso para muito mais que ainda virá.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Políticas

O cara vem e diz que vai fazer um choque de ordem. Transformar a cidade do Rio de Janeiro. Tem gente que reclama e acha ele um mala. Tem gente que diz que todos reclamam, pois não valorizam alguém que quer trabalhar. Tem gente que diz que queremos organização, desde que não nos tragam prejuízos.
Ok, e vai-se dinheiro de taxi. Essa porra de lei seca que desde que surgiu deixou nossos carros na garagem o fim de semana inteiro. Tudo bem, tenho que concordar que isso é interessante, evita acidentes e o caralho-a-quatro. Tem gente que respeita, como eu. Homens não respeitam, nenhum deles vai sair sem carro na madruga. Não tem jeito. Achei que isso fosse durar pouco. “Relaxa, daqui há dois meses já esqueceram disso e a gente volta a gastar o dinheiro do taxi com cerveja”. Doce ilusão. Passei por uma blitz na semana passada. De carro.
Multas. Porra, esse prefeito está de sacanagem né? Ou então o guardinha da minha rua está de marcação com meu carro. Multa até por estar parada fora da posição correta. Parei a 40 graus, em vez de 45. Vai multar alguém que dirige bêbado pô.
Agora vem essa porcaria de rio rotativo novo. Demitem todo mundo, colocam um monte de flanelinhas despreparados e mercenários. Minhas amigas ali da rua, que me defendiam do guarda e sorriam todo dia de manhã sumiram. Nunca me cobraram nada às 7 da manhã, quando eu tiro meu carro da vaga. Esses novos querem sempre um cafezinho. Onde será que estão minhas amigas? Será que continuam trabalhando honestamente para o seu próprio cafezinho?
Políticas.

Velhice

O tempo vai passando e realmente as coisas vão ficando menos importantes. Não damos mais atenção a cada probleminha, o que antes era fundamental hoje já virou quase esquecível. Uma não ligação já não traz tristeza, até porque quando a ligação acontece somos nós que não queremos. Uns goles a mais, já não trazem ressaca moral, até porque já viraram rotina. A descoberta de que uma amiga de infância é a maior das filhas da puta já não traz mágoa, apenas raiva. Uma grande companheira de trabalho rir quando você é o motivo da piada, também já não incomoda. Já percebemos que ninguém é confiável mesmo. O fim de um namoro já não é acompanhado pela depressão, pois hoje entendemos que realmente não é nem o primeiro nem o último. A notícia da morte de alguém também é comum, estampada em letras garrafais na capa do jornal. Um pé na bunda é até um alívio, afinal a fila é muito grande e quase não conseguimos escolher. Uma foda mal dada, é apenas motivo de riso, já nos acostumamos com isso. Um beijo na boca ruim, muito ruim, traz lágrimas apenas para quem busca outro numa boca desconhecida. Ser trocada por uma velha, de 30 e muitos anos, é quase tão comum como descobrir que o ex-namorado é viado. Um pau que não sobe, um pau que não goza, um pau que não entra. Dois quilos a mais, uma calça que não entra. Um sapato que machuca, a tentativa de um salto. Tudo normal. Com alguns fios brancos e umas rugas por vi.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

(Sem)Fim

Eu tava ali me escondendo. No meio daquelas pessoas todas, não queria que você me visse. E, acredite, também não queria te ver. Tinham mesas e cadeiras, mas era aquele mesmo lugar de sempre, um pouco diferente. Esconde esconde. Daqui a pouco, estávamos sentados no chão, entre minha cama e o armário. Nos encondíamos de novo. Mas dessa vez não era um do outro. As luzes da sala não podiam ser acessas. Um pouco depois, transávamos loucamente, como sempre. No banheiro do meu irmão, na casa da minha mãe. Eu, você e nossas fantasias. Sem fim.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Você

Pra você entender que você não é tão foda assim. Talvez não seja aquela namorada perfeita que o príncipe encantado se apaixonou. Talvez não seja a menina maluco beleza que você imagina. Talvez não seja a mulher diferente-de-todas-as-outras que a amiga descreve. Talvez não seja a bonequinha que ele um dia teve só para ele. Talvez não seja o melhor dos partidos. Talvez não seja a melhor na cama. Talvez não seja a mais inteligente. Talvez não seja a mais apaixonada. Talvez não seja a do melhor cheiro, do melhor abraço, do melhor cabelo. Talvez não seja a do melhor boquete. Talvez não seja a que ele sempre sonhou. Talvez não seja a mulher da vida dele. Talvez não seja tudo aquilo. Talvez não seja a mais importante. Talvez não seja a mais otária. Talvez não seja a mais coitada. Talvez não seja a mais submissa. Talvez não seja a mais problemática. Talvez não seja a mais destrutiva.
Talvez seja a que mais se ama.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Alcool

Conforme vai descendo redondo, as luzes ficam mais claras, os rostos mais bonitos, os músculos mais atraentes, as palavras mais eficazes, os olhares mais diretos, as vontades mais assumidas. No meio de pessoas meio tortas, diálogos meio perdidos, mãos meio leves. Sorrisos, apertos, sarnas, sarnas e mais sarnas.
Ao acordar, risos, gargalhadas, arrependimentos e mais um monte de coisas. Dessas não lembramos.