quarta-feira, 9 de julho de 2008

Enfim

Sabia que seria natural. Eu realmente não consigo sofrer de paixão. Mas, naturalmente, desapaixonei. Demorou. Demorou muito mais do que eu queria. Enfim, chegou. Que alívio. Consegui tocar a paz que estava esse tempo todo presa dentro de mim. Ela se libertou. Sinto que emagreci 50 quilos. Quase todo o meu peso corporal. Estou leve como uma pluma. E como dizer que isso não é felicidade? Estou mais bonita. Na verdade, devo estar idêntica, mas me sinto muito mais bonita. Sorriso de menina sapeca.
A vida sobre a qual eu tanto escrevi já se mostrou para mim. Graças a deus, eu não perdi a prática. Continuo boa nisso. Posso sorrir todos os dias e mesmo que eu durma na transversal, terei paz. Paz: uma das coisas que Mastercard não compra. Fazem 7 dias que não derramo uma lagrima. Fazem 7 dias que não falo com ele. Coincidência? Não espero mais meu telefone tocar. Ele não toca. Já não tocava antes, mas mesmo assim eu esperava. Agora não espero mais. Na verdade, espero. Mas a minha espera agora tem sentido, porque ele toca, sim. E alguém do outro lado da linha me chama de linda. Banal. Mas é o que eu precisava.
Acabou e eu estou feliz. Muito feliz. Enfim, consegui. Minha vida vai voltar a ser colorida. Nada descreve o meu alívio. Sei que ele não vai me procurar e confesso que adoro ter essa certeza. Assim não cairei em tentação. Dessa vez, não terminei esperando a volta, esperando a demonstração do amor e da saudade. Já disse que nunca teve amor, não vai ser agora. Melhor assim, porque agora sou eu que não quero.
Bebi todas no sábado e voltei para casa pensando. “Caraca, fiquei 2 anos com uma pessoa que nunca gostou de mim”. Chega a ser cômico, para não dizer desesperador. Logo eu. Com tantas opções. 2 anos. Nunca gostou. Se tenho raiva dele? Claro que não. Tenho raiva de mim, que insisti numa piada dessas. Mas hoje, confesso que estou orgulhosa de mim mesma. A vida ta aí. Meu telefone tocando. O chopp gelado na mesa. Umas batatas fritas gordurosas. A rua. A noite. As pessoas. A VIDA. Caralho, a vida!
Que bom que acabou. Eu mereço muito mais. Ah, se te desejo felicidade? Não, te desejo amor. Espero que um dia você ame alguém de verdade. A felicidade é conseqüência.

Um comentário:

Daniel Souza disse...

O caminho pro prumo, pra reviravolta é árduo, longo e dolorido. Mas putz, nada melhor do que quando alcançamos e chegamos no momento certo, no estágio ideal, o dividor de águas entre a recuperação e o alívio, a certeza de que agora, pior não vai ficar?

Aí sim, sai do lado e da frente, pq os sorrisos voltarão...

E como vc definiu bem, " Ah, a vida!!!"