Não entendo porque você ainda me procura. Não entendo porque você vem, me chamando como sempre chamou. Não entendo porque não esquece. Ou pelo menos finge que esquece. Não entendo como suas letras têm o efeito de palavras suaves ao pé do ouvido. Não entendo porque suas promessas são tão curtas quanto um sonho bom. Não entendo porque você aparece nos meus sonhos. Não entendo porque você ainda diz que me ama. Não entendo porque diz que tudo era tão bom. Não entendo porque fala que quer, se não vai fazer, mesmo querendo. Não entendo porque não mente, dizendo não querer. Não entendo porque decidiu assim. Não entendo porque fechou as portas. Não entendo porque lembro sempre que o metrô pára ali. Não entendo porque te procuro no meu vagão. Não entendo porque você lembra até mesmo do jeito que eu falava, respirava e amava. Não entendo porque você lembra e me faz relembrar. Não entendo porque a cerveja com você era mais gelada. Não entendo porque com você tinha sempre feijão. Não entendo porque você está sempre aqui. Não entendo porque não me esquece. Não entendo porque me procura. Não entendo porque minha ausência te aflige. Não entendo.
Mas também não quero entender nada. Não mesmo.
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