terça-feira, 15 de junho de 2010

V a z i o

Você precisa entender que eu adoro te fazer de otário, para entre amigas ter o que falar. Ah, gosto mesmo de mudar a posição das coisas. Não venha achando que me engana. Você finge que gosta, eu finjo que acredito. E finjo que gosto. Mas finjo melhor do que você. Muito melhor. Você até sorri, feliz por sentir o ego aumentado, com uma menina de sorriso bonito te dando carinho. Esses carinhos vazios, sabe? Tudo é vazio. São pedras ocas esses corações modernos. Mas eu finjo ser um carinho sincero. E você, tão senso comum, não percebe que carinhos sinceros estão em falta no mercado. Eu não mais procuro. Você pensa encontrá-lo a cada patricinha que beija seu beijo molhado. MO-LHA-DO.

Para mim, tudo isso nada mais é do que carinhos vazios que fingem saciar carências absolutas. AB-SO-LU-TAS. E não tenho do que reclamar. Você me dá cerveja, você me dá água gelada, você me dá jogo da copa com cafuné. Você me dá um pau do meu tamanho. E um sexo que supera em mil as minhas expectativas. Você me dá até um carinho vazio!


O que mais eu posso querer?

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