É. O problema está mesmo na enorme quantidade de portas. Ficam todos à procura da felicidade. A procura do par perfeito, do amor ideal, do homem da vida. Encontram qualquer um, no meio da rua, numa festa, na padaria. Beijam, transam, trocam algumas palavras. E caem na ilusão. Ilusão de ter encontrado o par perfeito, o amor ideal, o homem da vida. Ilusão de existir o par perfeito, o amor ideal, o homem da vida.
Não é possível nada disso. Não existe nada disso. Porque temos muitas opções de porta. A porta que nos leva ao saradão de pau pequeno, mas que dá pra tirar mó onda. A porta do intelectual, bom de papo, mas péssimo de cama. A porta do alternativo, com uma puta pica, mas que não se satisfaz nem comendo a torcida do Flamengo. A porta do quadradão, apaixonado, mas que não tem virilidade, como diria alguém. A porta do paulista, lindinho, mas que ta lá em São Paulo. A porta daquele que chupa loucamente, mas é obsessivo como ninguém.
A porta do sexo por uma noite, a porta da homossexualidade, a porta da amante, a porta do relacionamento aberto, a porta do casamento na igreja, a porta do namoro de 3 meses, a porta do amor de carnaval, a porta do swing...
Com tantas portas, como saber se estamos entrando na melhor? Como ter satisfação com apenas uma, se podemos testar todas?
A culpa não é minha, não é sua. A culpa é da modernidade e de suas portas.
Será que para entrar em uma nova porta precisamos sair daquela que estamos?
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Um comentário:
Por essas e outras que agora eu só quero saber de corredor. Que entrar em porta, que nada...
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