sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mundos

É, as vezes seria mais fácil fazer parte do senso comum. Sentar em frente a TV e ali ficar por horas. Mas não. Em vez disso, penso. E nas páginas da internet, leio coisas de pessoas, assim como eu, anônimas. Elas também pensam. E, impressionantemente, têm as mesmas angústias que eu. Questionam tudo e, muito provavelmente, são vistas como chatas. Do contra. Assim como eu, também.
Por que eu não freqüento boates? Por que eu não gosto de filmes de Hollywood? Por que eu não uso a sandália da moda? Por que eu não tenho franjinha? Por que não ouço hip hop? Por que minha mãe me apresenta como “a filha despojada”? Por que todos me olham e dizem que sou estranha. Por que?
Quer saber? Não to nem aí pra vocês do senso comum. Não vou sair com vocês. Não vou pedir conselhos pra vocês. Muito provavelmente não vou nem conversar com vocês. Tudo bem, estou exercitando a minha tolerância, então talvez troque algumas palavras com vocês. Mas, por favor, não me pergunte a boa do fim de semana, não troque confidências amorosas.
Pensamos diferente. Somos muito diferentes. É outro mundo, de fato. Saibam que é muito mais fácil ser feliz assim, no padrãozinho dessa sociedade ridícula. Mas também é muito mais vazio, embora vocês não tenham discernimento para perceber isso. Tenho muito mais dúvidas, questões, idéias. Mas, não abro mão dessa angústia resolvida nas mesas do botequim. Sim, botequim. É sujo? E daí? Eu curto.

Um comentário:

Anônimo disse...

sensacional! Apesar de eu fazer parte do outro mundo....hahaha
bjao (vc sabe de quem)