segunda-feira, 9 de março de 2009

Expressão

Já estou há algumas semanas me perguntando se realmente tenho dificuldade de expressar sentimentos. Deito em minha cama, depois de um dia extremamente cansativo e penso nele e no quanto tudo isso tem dado sentido a minha vida recheada de tarefas não tão tesudas. Penso nos olhares, nos abraços, beijos aos pés da escada. Penso nos sorrisos, nas discussões, no pão com margarina.
Na minha cama, ali, sozinha, cheia de saudade de sua companhia. E penso no quanto gosto dele, no quanto gosto de tudo ao lado dele. Nas coisas que faço, que nunca havia feito antes, e que talvez nunca viesse a fazer. Se não fosse por ele. Talvez ele não perceba, talvez ele não entenda. E cobra amor em forma de palavras. Mas não servem as palavras escritas.
Então, ele me envolve em seus braços e fala, baixinho no meu ouvido, o quanto me ama. Beija meu corpo, lambe meu rosto e diz que me ama. E sabe que nada será ouvido de meus lábios. Mas, espera minhas declarações, em letras datilografadas, no início da tarde. E isso ele terá, o dia inteiro.
É, percebi que realmente não consigo me abrir. Talvez não da forma como ele espera. O tempo passa, e muitas vezes descobrimos coisas sobre nós mesmos que ainda não tínhamos percebido. Cada um ama do seu jeito e as demonstrações desse amor podem ser as mais estranhas. Te amo (em letras datilografadas, claro) e estarei com você hoje e sempre. Acredita?

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