terça-feira, 30 de junho de 2009

Amor

E continuo com a sensação de que não sei nada do que achei que sabia. Mas, em vez de me desesperar, sentindo-me impotente, alivio-me. Vejo que existem coisas novas, diferentes e deliciosas. Ainda existe paz, compreensão, reciprocidade. Como existiu, há muitos anos atrás, num apartamento recém reformado ali no Cantagalo. Achei que a minha chance tivesse se perdido, numa das largas avenidas da Barra da Tijuca.
Pensei merecer loucuras, cobranças, doenças. Pensei estar pagando pela aventura que quis desvendar com os pés sujos. Pensei que a solução fosse andar descalça, comer pão com margarina, sentar na birosca da cerveja mais barata. Pensei ser alternativa, esquecendo-me que a vida é muito mais do que água e ar. Pensei em escrever, discutir e impor idéias. Achei que eu fosse forte demais.
Quanta modéstia. Achei que pudesse brigar com o mundo. Achei que pudesse ser diferente de todos. Esqueci que precisamos, querendo ou não, seguir a sociedade. Isso não significa comprar roupas, carros e apartamentos de luxo. Isso não significa deslumbrar a aparência, o corpo, os cabelos. Isso não significa menosprezar cérebros, idéias e pensamentos.
Significa apenas que a vida é essa e precisamos encará-la. Quero conforto. Quero paz. Quero viagens. Quero carinhos. Quero viver sem fazer contas no final do mês. Quero dar um presente. Quero comprar um vinho. Quero pegar um avião.

Quero te dar meu amor.
Quer?

Um comentário:

Brrrruna disse...

estou amando essa(s) nova(s) fase(s)...
muito bom!